sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A ARTE DE CONTEMPLAR AS COISAS SIMPLES

Por: Jaime Folle

Intriga-me saber que, nos tempos atuais, estamos perdendo a sensibilidade de enxergar as coisas simples, que nos fazem tão bem e que não custam nada. Olhe para trás, os anos que você já viveu passaram rápido? Esta rapidez do tempo está nos levando a viver sem saborear o gosto e o prazer de saborear as coisas simples da vida. “Olhai os lírios do campo, contemplai-os, como eles são simples, e belos!”

Olhando para o seu passado, observe o que você tem feito para ser alguém mais alegre, sem angústia, sem stress financeiro, sem disputa de poder, sem disputa de cargos, sem passar por cima dos outros. Quanto tempo você tem gasto para contemplar as coisas simples que estão aí, a um passo de distância, no seu lado ou à sua frente? Algumas pessoas só conseguem perceber as coisas mais simples e belas depois que sofrem um acidente ou um susto emocional, doença, perda de alguém que ama, de emprego, etc.

Até em pequenos lugares onde deveria reinar a tranqüilidade, onde as pessoas deveriam ter uma vida tranqüila com tempo para conversar, observar o belo, e quando falo do belo, pode ser nas pessoas que convivemos no ar que respiramos, nas folhas, nos campos, enfim, são tantas as oportunidades oferecidas de graça, ao contrário, as pessoas inserem angústia e insegurança no seu dia a dia e mesmo nas pequenas cidades não estão sabendo viver e aproveitar a arte da contemplação das coisas simples.

Há muitos contrastes hoje, estamos diante de uma tecnologia fantástica, protegemos nossas casas com grades e alarmes, mas não conseguimos proteger nossos sentimentos de frustração e desprazer. Não são poucos os que acordam cansados, estressados, inquietos, angustiados, vítimas de um sistema que os deixa em prisões do próprio eu e, nas horas de folga, não conseguem desligar-se desta parafernália toda e contemplar a singeleza de uma criança brincando, descompromissadamente, para fazer um silêncio interior, falar com seu próprio mundo, olhar as pessoas à sua volta, perceber o quanto elas são importantes em sua vida.

Todo este emaranhado de coisas fúteis em que estamos atolados não deixa que enxerguemos a verdadeira vida, que não está numa mansão, num carro do ano, numa roupa nova, mas está dentro de cada um. Experimente agora, ao terminar esta leitura, ficar em silêncio por 5 minutos, refletindo um pouco sobre tudo isso, principalmente sobre você. Serão cinco longos e intermináveis minutos, você vai cansar e sua ansiedade não vai deixar chegar ao final, a não ser que faça muito esforço.

Se, nestes cinco minutos, o seu pensamento parar em empregos, prestígio social, poder, eventos importantes, sem olhar as coisas mais simples da vida, certamente você está precisando de revisão na sua vida. Isso é muito sério.

Até a próxima!

Jaime Folle

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

História que Inspira!




Inspiração que ilumina e motiva!

A internet pode ser o que você quiser: fonte de bobagens e inutilidades, de informações, de alegria, de amor, fraternidade ou de inspiração. Como tudo o mais na vida, a grande rede não é boa nem má, é apenas o que você faz dela. Há pessoas que aprendem novas línguas pela internet, enquanto há também as que aprendem a fabricar bombas caseiras. Existe quem se dedique a informar os melhores caminhos na vida em seus blogs e sites e há as que se dedicam a infernizar a vida do seu próximo, enviando vírus a todo mundo. Enfim, não são as pessoas que postam conteúdos em suas páginas que o levam por esse ou aquele caminho e sim seus cliques mais ou menos sábios que irão proporcionar-lhe possibilidades mais ou menos inspiradoras.

Penso que tenho sido razoavelmente sábia nas minhas incursões pela rede e, por conta dessas escolhas, tenho aprendido muito e compartilhado com gente do planeta inteiro assuntos que jamais teriam chegado até mim de outra forma. E isso é uma dádiva, não é mesmo? Um milagre moderno, eu concluo.

Ontem recebi um e-mail muito interessante, nele se conta a história de um garoto incomum que, movido por desejos incomuns, realizou uma tarefa também incomum, inspiradora e emocionante. Sem nenhum rótulo religioso ou político-partidário, este rapaz fez, em poucos anos de vida, o que milhões de nós jamais realizaremos ao longo de eras. Falo de Ryan Hreljac, o menino que tirou a sede de meio milhão de africanos

Ryan nasceu no Canadá em maio de 1991. Um dia, na escola, com apenas seis anos, sua professora falou à classe sobre como viviam as crianças na África. Profundamente comovido ao saber que algumas até morrem de sede porque não havia poços de onde tirar água, imediatamente comparou sua realidade, onde girar a torneira era suficiente para se fartar de água pura durante horas, com essa nova realidade que se lhe apresentava. E, então, Ryan perguntou quanto custaria para levar água a eles. A professora pensou um pouco e se lembrou de uma organização chamada WaterCan, dedicada ao tema e lhe disse que um pequeno poço poderia custar cerca de 70 dólares.

Em casa, ao voltar da escola, Ryan foi direto falar com sua mãe, Susan, e lhe disse que necessitava de setenta dólares para comprar um poço para as crianças africanas. Sua mãe disse-lhe que ele deveria consegui-los e foi-lhe dando tarefas em casa, com as quais Ryan ganhava alguns dólares por semana. Ele finalmente reuniu os setenta dólares e pediu à sua mãe que o acompanhasse à sede da WaterCan para comprar seu poço para os meninos da África. Porém, ao ser atendido, Ryan foi informado de que o custo real da perfuração de um poço era de 2.000 dólares.

Susan deixou claro que ela não poderia lhe dar os 2.000 dólares, por mais que ele cortasse a grama e limpasse os vidros das janelas. Porém, Ryan não se rendeu. Prometeu àquele homem que voltaria… e o fez. Contagiados por seu entusiasmo, todos se puseram a trabalhar: seus irmãos, vizinhos e amigos. Entre todo o bairro, conseguiram reunir 2.000 dólares trabalhando e Ryan voltou triunfante a WaterCan para pedir seu poço.

Em janeiro de 1999 foi perfurado um poço em uma vila ao norte de Uganda. A partir daí começa a linda trajetória deste menino. Ryan não parou de arrecadar fundos e de viajar por meio mundo buscando ajuda. Quando um novo poço, em Angola, estava pronto, o colégio começou uma correspondência com as crianças da escola que ficava ao lado do poço, na África. Assim Ryan conheceu Akana, um jovem que havia escapado das garras dos exércitos de meninos e que lutava para estudar a cada dia. Sentindo-se cativado por seu novo amigo, Ryan pediu a seus pais para ir conhecê-lo.

Com um grande esforço econômico, os pais pagaram sua viagem a Uganda e Ryan, em 2000, chegou ao povoado onde havia sido perfurado seu poço. Centenas de meninos dos arredores formavam um corredor e gritavam seu nome. - “Sabem meu nome?”, Ryan perguntou a seu guia. - “Todo mundo que vive 100 quilômetros ao redor sabe”, ele respondeu.

Hoje em dia, Ryan –com 20 anos- tem sua própria fundação e já conseguiu levar mais de 400 poços à África. Encarrega-se também de proporcionar educação e de ensinar aos nativos a cuidar dos poços e da água. Recolhe doações de todo o mundo e estuda para ser engenheiro hidráulico. Assim, Ryan faz a seu modo muito mais do que estes governantes presunçosos (que conhecemos em toda parte) para acabar com a sede na África.

Inspirador... não começa com “era uma vez”, mas é muito mais perfeito do que o mais perfeito dos contos de fada, não é mesmo?

Ryan Hreljac

Recebi esta mensagem por e-mail e infelizmente não veio assinada, por gentileza se alguém conhece o autor(a) do texto me avise para colocar o credito a quem merece