terça-feira, 27 de setembro de 2011

Saúde e dinheiro: como fica o bem estar físico, mental e financeiro? - Antonio De Julio


Saúde e dinheiro: como fica o bem estar físico, mental e financeiro?Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a definição da saúde é um estado completo de bem estar físico, mental e social. Essa definição já gerou algumas críticas, pois não gera “metas” a serem atingidas. O raciocínio por trás da polêmica é simples: o que para alguns pode significar o ápice do bem estar, para outros pode ser só o começo.
Existe, também, uma segunda definição, criada pela própria OMS, que pode ser considerada mais tangível: “A medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente”. A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária, não o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas, é um conceito positivo.
Bom, quando se fala de recursos, nós temos os recursos naturais, como a terra em que podemos plantar, nossos recursos (nossa saúde e disposição para realizar as tarefas) e o recurso criado pelo homem, que se chama dinheiro. Segundo o último censo, 84% dos brasileiros vivem em áreas urbanas – logo, não deve sobrar muito espaço em seus apartamentos ou casas para se plantar alguma coisa.
Só sobra realmente o recurso do dinheiro para satisfazer suas necessidades (algumas básicas, como comer e ter onde morar). E assim ter saúde, que é um recurso para a vida diária. Assim, fica mais óbvia a chance de fecharmos um ciclo, que seria de saúde, dinheiro, nossas metas sociais, saúde...
A falta de dinheiro pode causar um rompimento nesse ciclo. A maneira com a qual lidamos com esse recurso é de grande importância para o nosso bem estar. As empresas, através de seus departamentos de Recursos Humanos, além de se preocupar com a saúde e o ambiente de trabalho onde seus funcionários passam a maior parte do dia, já começam a se preocupar com a saúde financeira de seus colaboradores. Ter uma “dieta” saudável com o dinheiro e tão importante quanto ter uma boa dieta alimentar (dieta não precisa significar corte, mas sim equilíbrio).
É comum encontrarmos muitas pessoas que não tem um plano para o seu recurso, que são elas mesmas. Só precisam de sua saúde para levantar, trabalhar, cumprir suas tarefas e pronto. Daí, de repente, o corpo começa a emitir sinais de desgaste, de “falta de uso” de algumas partes. Quem nunca ouviu a famosa frase “problema de junta”, que todos dizem na primeira lesão?
Alguma semelhança com o dinheiro? Mera coincidência? Eu diria que é difícil formular uma pergunta tipo “a falta de saúde gera a falta de dinheiro?” ou “a falta de dinheiro gera a falta de saúde?”.
Em nossa sociedade tão ligada ao social de cada um, onde cada dia mais as pessoas gostam de usufruir do recurso “dinheiro” sem realmente possuí-lo (através de créditos, financiamentos e parcelas), fica o alerta para parar, refletir e, quem sabe, começar uma dieta voltada para o seu bem estar.
Procure olhar a questão a partir de uma ótica mais objetiva: se um dia o recurso “dinheiro” faltar, como vai ficar a sua saúde?

Este artigo foi escrito por Antonio De Julio.
Instrutor da MoneyFit, conselheiro da Associação Comercial de São Paulo e co-autor do livro "Por dentro da Bolsa de Valores".

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Entenda a Crise Mundial de 2011 - Diogo Velho Barreto

Será mesmo que vivemos uma nova crise? Ou é apenas uma crise continuada de 2008? A verdade é que não importa se é ou não a mesma, mas sim qual a magnitude que os atuais problemas irão trazer.

Grécia é a bola da vez não apenas pela magnitude de seu problema, mas porque está na iminência de dizer: “devo, não nego e não pago nem quando puder”. Em resumo, um calote. Resta saber o tamanho dele. Fala-se em metade da dívida. Algo como 175 bilhões de EUROS. Nos próximos dias saberemos na verdade como será feito.

Para entendermos melhor, voltemos no tempo. A crise financeira de 2008 foi gerada por uma bolha imobiliária americana. Ok, mas como funcionou exatamente?

Crise de 2008
Os bancos emprestaram dinheiro para pessoas que não tinham condições de pagar o financiamento. O famoso subprime. A quantidade de dinheiro emprestado pelos bancos era tão grande que quando as pessoas se viram sem condições de pagar os empréstimos, vários bancos foram quebrando. E como o mercado financeiro é globalizado, vários bancos sentiram. E os governos socorreram.

Ações coordenadas pelos bancos centrais do mundo inteiro evitaram o colapso do sistema financeiro mundial. Várias instituições foram resgatadas. As maiores do mundo, como o CITIGROUP.

Crise mundial de 2011
Mas agora o problema é outro! Os próprios países estão extremamente endividados. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha têm dívidas colossais. Itália deve 120% de seu PIB.

Há ainda um agravante. A Europa está estagnada. É um continente de idade avançada da população. Desemprego está alto o que dificulta o crescimento econômico. Quem resgata hoje os estados? Quem sofrerá com um calote da dívida grega? Bancos franceses e alemães têm boa parte da dívida. Eles sofreriam prejuízos enormes em seus balanços. Poderíamos então ter um efeito dominó. Bancos novamente quebrando e estados sem recursos para resgatá-los. O pior dos mundos.

Para agravar mais a situação, a maior economia mundial, os Estados Unidos, não conseguem engrenar. Os estímulos não estão funcionando e o desemprego não é reduzido. Novos estímulos estão sendo anunciados, mas o ceticismo é grande diante do que realmente vai acontecer com os novos pacotes americanos.

E o Brasil?
No âmbito nacional, vivemos um momento diferente. Brasil é a bola da vez. Copa do Mundo, Olimpíadas, etc. O que gosto de frisar é que podemos ter uma relação dívida/PIB igual a Européia se não focarmos no hoje. O nome disso?

Superávit primário. Essa é a maquiagem. O Brasil fala hoje que gasta menos do que arrecada. Uma verdade. Porém, quando nesta conta entra os juros, o Brasil precisa injetar mais dinheiro. Ou seja, emitir mais dívida. Isso é uma bola de neve que precisa ser estancada no começo do problema para não termos o mesmo fim Europeu.


Diogo Velho Barreto

Diogo Velho Barreto é formado em Administração de Empresas pela UPE/FCAP e pós-graduando em Finanças pelo IBMEC-RJ. Recife. Agente autônomo de Investimentos e Certificado Profissional ANDIB – (CPA-20). Sócio da FuturaInvest Recife e colaborador do blog Vou Investir.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

DESABAFO DE UM CATARINENSE - Aurí José Carlini

Bom dia/Boa Tarde/Boa noite...


Moro em Taió-SC e  nos últimos dias nossa região vem sofrendo uma das
 piores enchentes da história de Santa Catarina. A casa onde moro com minha família
felizmente foi pouco atingida e pouco perdemos, aos poucos tudo está voltando ao seu
 normal e graças a Deus não chegamos a passar nenhuma dificuldade mais séria a não
 ser erguer nossas coisas,  abandonar nossa casa e voltar pra  limpar a lama depois.
O ponto chave deste meu protesto é a indignação que estou sentindo devido a um fato:
 No Alto Vale existem milhares de pessoas passando fome, sede, frio e muita
 necessidade devido a esta tragédia, pessoas perderam suas casas, suas coisas,
empresários perderam suas empresas, o comércio está todo comprometido e muita
gente  não tem pra onde ir, e me espantei quando consegui em meio a toda bagunça
lá de casa instalar minha televisão para ver o programa do “fantástico” da emissora
Rede Globo no domingo à noite e ver qual seria a importância que dariam para nós
Brasileiros que estamos sofrendo com tudo isso. Não queria ver fotos ou imagens da
tragédia, queria simplesmente que este veiculo de comunicação se mobilizasse e
ajudasse as pessoas que precisam. Mas ao contrário, o que eu vi? uma reportagem
de 12 segundos, isso mesmo 12 segundos sobre as enchentes e quase que todo o
programa falando sobre os 10 anos do atentado de 11 se setembro nos Estados Unidos.
Tudo bem concordo que lembrar das vítimas é muito importante, porém dar extrema
importância para os norte americanos e deixar pra trás milhares de pessoas sofrendo
aqui é lamentável. A Patrícia Poeta foi até o marco zero onde ficavam as torres do
World Trade Center mostrar sobre as homenagens as vitimas fazendo uma demagogia
impressionante, como se ela realmente se importasse com quem morreu lá, como se
a Rede Globo se importasse com alguém neste país ou no mundo. Fizeram chamadas
ao vivo mostrando como estava tudo lá naquele momento  e mostraram as seguidas
homenagens que foram feitas pelos parentes das vítimas naquele dia, mostraram a
tristeza e dor de quem perdeu algum parente naquela tragédia: Hipócritas, isso que são.
Deviam ter feito a chamada ao vivo em frente a uma das casas que caíram aqui na
cidade de Rio do Sul, mostrar a agonia de quem perdeu tudo, mostrar a tristeza de
quem trabalhou uma vida toda para conseguir uma casinha e ver ela sendo destruída
em minutos, mostrar a dor daquele pai que perdeu seu filho eletrocutado por um fio de
alta tensão quando tentava escapar da sua casa tomada pelas águas,  para ver se
assim alguém fica sensibilizado e ajudar, pelo menos a dar um pouco de comida a
quem tem fome, um cobertor a quem tem frio ou um gole d’água a quem tem sede.
O que mais me revolta é o sensacionalismo que a Rede Globo faz em cima de certas
coisas: o Criança Esperança fazem a cada ano e chamam diversos cantores, atores etc...
 uma mobilização enorme para ajudar quem precisa, não sei até que ponto isso é sincero,
porque eu tenho comigo de que devemos fazer o bem sem olhar a quem, e ir na TV
aparecer e dizer que ajuda é fácil,mas entrar em casas até o peito com água para
salvar crianças ou ir dar uma palavra de carinho para uma criança que não tem
mais sua cama e sua coberta para dormir... daí ninguém faz,nenhum artista faz,
nenhuma emissora faz porque? Porque não dá audiência, não aparece... cadê o Renato Aragãocadê a Xuxa? Cadê aquela turma de artistas implorando pra ajudar quem
precisa?Será que só ajudam quando aparece na TV? Será  que realmente vão no
Criança Esperança pedir ajuda porque são boas pessoas? Ou porque querem aparecer?
Essa turma da Globo só pensa em audiência e dinheiro, não passam de um tremendo 
bando de porcos sujos e mal intencionados.

PASSE ADIANTE... QUEM SABE ALGUÉM DA REDE GLOBO SE SENSIBILIZA E FAZ
ALGUMA COISA PRA AJUDAR DE VERDADE!

Att:
 Aurí José Carlini
Administrador - CRA/SC 22828

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Paradoxo do Nosso Tempo - George Carlin


George Carlin

George Carlin foi um humorista, autor e ator norte-americano. Carlin era um crítico da sociedade, o que lhe tornou famoso e ao mesmo tempo fez com que fosse preso algumas vezes.
O Paradoxo do Nosso Tempo

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.


Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.
George Carlin